O primeiro Colégio Militar do Brasil
nasceu, oficialmente, pelo Decreto Imperial Nº 10202, de 09 de março de 1889,
com o nome de Imperial Colégio Militar da Corte, hoje o tradicional Colégio
Militar do Rio de Janeiro. O objetivo do Patrono do Exército Brasileiro, Duque
de Caxias e do marquês de Herval, era criar um colégio destinado aos órfãos de
militares. Esta visão de estadista e educador de Duque de Caxias deu origem a
outros estabelecimentos nos mesmos moldes.
No Maranhão a primeira unidade do Colégio
Militar ocorreu através da Lei Estadual nº 8.509 em 28 de novembro de 2006, uma
parceria entre a Secretaria de Estado de Educação do Maranhão (SEDUC) e a
Polícia Militar do Maranhão (PMMA). O nome escolhido para o colégio foi do
patrono das Polícias Militares, o Alferes Joaquim José da Silva Xavier
(Tiradentes).
O Colégio Militar da Polícia Militar é
um colégio da Rede Pública de Ensino Estadual que oferece o Ensino Fundamental
(do 6º ano ao 9º ano) no turno matutino e o Ensino Médio (do 1º ao 3º ano) no
turno vespertino. O funcionamento do Colégio Militar Tiradentes do Maranhão,
segue os padrões de demais Colégios Militares do Brasil, possui uma estrutura
diferente dos demais colégios da rede pública ou particular do estado, seguindo
as diretrizes das Polícias Militares ou Forças Armadas, assim como, outros
Colégios Militares da Federação, sem com isso, modificar o programa de
disciplinas estabelecido pela Secretaria de Estado da Educação. Assim, a administração
organizacional e disciplinar fica sob a responsabilidade da PMMA. O CMT2 de
Imperatriz, conta com 2 pedagogos, um em cada turno.
O sucesso do Colégio Militar de São Luís
despertou no Governo do Estado o interesse em criar mais uma unidade, atendendo
assim os anseios dos policiais da Região Tocantina, em 2009 foi designada uma
equipe de São Luís para apresentar um relatório com as
necessidades para implantação de uma nova unidade desta vez na cidade
Imperatriz que entrou em funcionamento em fevereiro do corrente ano sob o
comando do Sr. Cel. Franklin Pachêco da Silva, Comandante Geral da Polícia
Militar do Maranhão na época.
O ingresso no Colégio dá-se através de
um Processo Seletivo. O aluno ao ingressar terá uma nova
experiência, pois deverá cumprir uma rotina diferente das demais escolas, será
exigido disciplina, postura, conhecimento, respeito aos símbolos nacionais e
compromisso com as tarefas escolares, uniforme, material de estudo, além do
cuidado com a apresentação pessoal. Algumas normas são as mesmas de qualquer
instituição de ensino a exemplo do horário de entrada e saída, a diferença que
no Colégio Militar, elas são cumpridas. Assim como é exigido dos alunos a
responsabilidade pela preservação de suas salas de aula.
Observa-se que o Colégio
Militar Tiradentes 2 de Imperatriz - CMT2, vem cumprindo seu papel sob a direção do Ten. Cel. George
Silva Cavalcante que está comprometido juntamente com professores em construir um
ambiente sadio, estimulante, que alunos ampliem suas experiências e propicie
cooperação e respeito mútuo para a formação de indivíduos críticos, reflexivos
e transformadores.
“Nosso papel na condição de policia, diferentemente do
que alguns leigos acham, é principalmente o trabalho preventivo, e a educação
pautada na disciplina e respeito sem dúvida terá um reflexo a longo prazo na
formação desses jovens cidadãos”, diz o Ten.Cel. Cavalcante, diretor do CMT2, que atualmente possui um
contingente em torno de mil alunos.
A idade mínima exigida para ingressar no colégio
é de 10 anos de idade e o aluno deve estar dentro de um parâmetro de idade em conformidade
com a série escolar. Os resultados finais são visivelmente percebidos pelo
comportamento dos estudantes como em números, tanto que no último vestibular, o
CMT2 aprovou 80 alunos para cursos superiores em universidades estaduais e federais.
Esse número, de acordo com o diretor Ten. Cel. Cavalcante, corresponde a 50% do
contingente interno que pleiteava vaga nas universidades. Todo o sucesso do
colégio militar se dá aos princípios norteadores quanto à disciplina, respeito
e a hierarquia.
O Ten. Cel. Cavalcante
diz que, ainda há o estigma de que uma vez no CMT2, o jovem estará sendo
preparado para ingressar na policia, o que não é verdade. “Os alunos não são militares e nem estão sendo cobrados a seguir a carreira
militar, porém, na condição de estudante em uma escola militar há de se convir
que alguns critérios disciplinares são de extrema importância para o
desenvolvimento do caráter desses estudantes. O objetivo é dar a esses
jovens a noção de civilidade e implementar limites comportamentais que já não
se vê atualmente”, afirma o diretor.
O fato é que a cada
ano, aumenta a procura por uma vaga. O mais interessante que não se trata
somente pelo fato de ser ensino gratuito, mas de acordo com alguns pais, o objetivo
é que seus filhos possam ter uma educação disciplinar quanto a atitudes e comportamentos adequados dentro e fora da escola. A experiência vem ganhando força e o Corpo
de Bombeiros Militar do Maranhão, este ano já abriu seletivo para o Colégio
Militar do Corpo De Bombeiros do Maranhão, onde serão oferecidas 111 (cento e
onze) vagas distribuídas entre o ensino médio e fundamental na Capital
maranhense.
Apesar de algumas
críticas quanto a metodologia, não se vê nas escolas militares estrutura
depredadas, desorganização, atitudes indisciplinares de alunos ou ate mesmo de professores como acontece em muitas escolas públicas. Os militares responsáveis, defendem
que as normas e as exigências são pilares de preparação para a vida e que ter disciplina
não é ser formatado como robô, mas ter consciência que a vida em sociedade
requer seguir regras.
Se for para o bem de
todos e a educação de jovens cidadãos pautados no respeito, disciplina e responsabilidade,
que venha o Colégio do corpo de bombeiros para Imperatriz e também do exército,
a exemplo de Belém (PA) e outras cidades 12 cidades já contempladas.