De acordo com o ministério da saúde, a área de urgência e emergência constitui um importante componente da assistência à saúde. O aumento do número de acidentes, da violência urbana e insuficiente estruturação da rede são fatores que têm contribuído para a sobrecarga desses serviços disponibilizados para o atendimento da população brasileira.
Esse panorama tem justificado iniciativas e investimentos do Ministério da Saúde (MS), em parceria com as Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios visando estruturar, organizar, assegurar e qualificar a atenção às urgências e emergências.
O SAMU é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criado no Brasil em 2003, para a vida das pessoas e garantir a qualidade do atendimento no Sistema Único de Saúde – SUS. Segundo seus princípios e diretrizes deve coordenar meios, processos e fluxos que visem garantir a sobrevivência do paciente interagindo com todos os componentes da rede de assistência local à saúde.
Há cerca de 1 ano, o município de Balsas, localizado a 387 km de Imperatriz via BR-010 / BR-230, recebeu ambulâncias padronizadas para a implantação do SAMU, no entanto, recentemente é que começaram os preparativos para viabilizar sua implantação.
Para que o serviço funcione de forma legal é necessário que seja feito uma serie de ajustes, enquanto isto não ocorre, às ambulâncias ficavam num verdadeiro vai e vem transportando doentes de Balsas para Imperatriz e Araguaina (TO) e outras localidades.
Pra se ter uma idéia uma das ambulâncias já está costa mais de 30.000 km rodados, isso sem contar a falta de baterias para os giroflex – aparelho sinalizador - entre outros acessórios.
Há alguns meses a secretaria de saúde do município resolveu fazer a implantação do serviço, fato esse que está causando insatisfação e dúvida na população devida algumas irregularidades. Primeiro a base do serviço seria Imperatriz, com uma equipe designada e com coordenação fixada em Balsas o que segundo informações colhidas, não esta funcionando.
Segundo, foi implantado e executado um treinamento às equipes por pessoas não credenciadas para tal e sem a devida autorização formal do coordenador de Imperatriz Sr. Weverton Augusto Barros. Terceiro fato sem explicação é que os convocados para trabalhar são pessoas que não tem nenhum vínculo com a saúde, por exemplo, a coordenação local está sob a responsabilidade da Sra. Carmem Letícia, que é professora.
Quarto, é que algumas das pessoas que “trabalham”, se é que podemos chamar assim, são cabos eleitorais do grupo da secretária de saúde Maria Assunção Morais, e que só trabalham em épocas de campanha eleitoral, enquanto a lei reza que as vagas deveriam ser ocupadas por profissionais capacitados e concursados do município. Enquanto a população pede explicação, sobre esses fatos, a secretária de saúde não é encontrada.
O serviço do SAMU precisa ser pensado como ação política e ética que vise a melhoria da qualidade de atendimento pré-hospitalar da comunidade. Espera-se que o SAMU, tão sonhado pela população de Balsas, possa ser efetivado e responda com responsabilidade, eficiência e eficácia as demandas de urgências e emergências do município, o que implica competência técnico-científica, ético e humanístico da equipe de atendimento, recursos materiais, tecnologias e um permanente processo de avaliação.
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