O carnaval é considerado
uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua
origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas
outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a
quaresma e tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até
os dias de hoje no Carnaval.
O entrudo português chegou
ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas
carnavalescas que aconteciam na Europa. Personagens como a colombina, o pierrô
e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de
origem europeia. Os foliões se lambuzavam com cabeças de farinha e bexigas
d'agua. Durante a colônia e o Império, o entrudo foi proibido inúmeras vezes.
Consta que D. Pedro II gostava de jogar água nos nobres na Quinta da Boa Vista,
Rio de Janeiro.
No final do século XIX,
começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos
"corsos" e tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As
pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas
ruas das cidades. Dai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de
samba atuais.
O carnaval foi ganhando
grandes proporções, esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas
carnavalescas que deixavam o carnaval cada vez mais animado.
O carnaval de rua manteve
suas tradições originais na região nordeste do Brasil e em cidades como Recife
e Olinda, as pessoas saem às ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do
maracatu.
Com passar dos anos a
tradição foi mudando e as marchinhas carnavalescas dão lugar aos ritmos marcantes cheios de novos repertórios
musicais. Na cidade de Salvador (BA), existem os trios elétricos, embalados por
músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região, destacam-se também os
blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé
Filhos de Gandhi.
No Maranhão para fazer a
festa de Carnaval, atrações de primeira animaram as ruas do Centro e Madre
Deus, em São Luís. A programação do Governo do Estado destaca shows de Jorge
Ben Jor, Mano Borges, Pepê Júnior e Gerude, na praça Deodoro; apresentações de
casinhas da roça e blocos alternativos, também animaram o Circuito Deodoro.
Cajazeiras e tambores de crioula, blocos, tribos de índio e de baterias de
escolas de samba, se apresentaram nos pontos de som da Madre Deus.
No interior do estado, Barra do Corda e Porto Franco se destacaram pela organização
e a tradição da festa, já a cidade de Balsas, que já
foi conhecida como uma opção para a época, atualmente é só mais uma sem muito
para oferecer.
Quem viveu os grandes
carnavais no Maranhão sentiu falta da originalidade do evento, desde 1995
quando aconteceu na capital à primeira micareta “o marafolia” onde o ritmo
baiano invadiu os carnavais das cidades maranhenses.
O que um dia era uma festa
ao som de marchinhas e foliões mascarados de monstros, mocinhos, bandidos e
homens vestidos de mulheres foram desaparecendo ao longo dos anos o que se vê
são trios elétricos ao som de músicas baianas arrastando multidões vestidos com
os famosos abadás deixando no esquecimento os anos de ouro do carnaval.
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