terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Os anos dourados do carnaval e os novos ritmos


O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.
O entrudo português chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem europeia. Os foliões se lambuzavam com cabeças de farinha e bexigas d'agua. Durante a colônia e o Império, o entrudo foi proibido inúmeras vezes. Consta que D. Pedro II gostava de jogar água nos nobres na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro.
No final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos" e tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Dai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
O carnaval foi ganhando grandes proporções, esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas que deixavam o carnaval cada vez mais animado.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região nordeste do Brasil e em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem às ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Com passar dos anos a tradição foi mudando e  as marchinhas carnavalescas dão lugar aos ritmos marcantes cheios de novos repertórios musicais. Na cidade de Salvador (BA), existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região, destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.
No Maranhão para fazer a festa de Carnaval, atrações de primeira animaram as ruas do Centro e Madre Deus, em São Luís. A programação do Governo do Estado destaca shows de Jorge Ben Jor, Mano Borges, Pepê Júnior e Gerude, na praça Deodoro; apresentações de casinhas da roça e blocos alternativos, também animaram o Circuito Deodoro. Cajazeiras e tambores de crioula, blocos, tribos de índio e de baterias de escolas de samba, se apresentaram nos pontos de som da Madre Deus.
No interior do estado, Barra do Corda e Porto Franco se destacaram pela organização e  a tradição da festa, já a cidade de Balsas, que já foi conhecida como uma opção para a época, atualmente é só mais uma sem muito para oferecer.
Quem viveu os grandes carnavais no Maranhão sentiu falta da originalidade do evento, desde 1995 quando aconteceu na capital à primeira micareta “o marafolia” onde o ritmo baiano invadiu os carnavais das cidades maranhenses.
O que um dia era uma festa ao som de marchinhas e foliões mascarados de monstros, mocinhos, bandidos e homens vestidos de mulheres foram desaparecendo ao longo dos anos o que se vê são trios elétricos ao som de músicas baianas arrastando multidões vestidos com os famosos abadás deixando no esquecimento os anos de ouro do carnaval.

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