quinta-feira, 8 de abril de 2010

Oratória Política I

Poucos nascem com o dom de falar bem, assim como poucos são os que nascem com o dom da musicalidade, do desenho, etc.

A capacidade de falar bem, assim como tantas outras áreas do conhecimento, é resultado do aprendizado, para a imensa maioria das pessoas. A arte da oratória, quando analisada do ponto de vista do conhecimento, possui regras e técnicas, que podem ser aprendidas, por quem precisa usá-la como um instrumento. São essas regras e técnicas, bem como conselhos e advertências úteis para falar em público, que convém serem estudadas por todas as pessoas que desejam se expressar melhor.

Esta é a primeira conclusão que deve ficar estabelecida. A segunda refere-se ao preconceito que existe com a oratória, como o uso de uma linguagem afetada, pomposa e artificial.

Não se deve confundir este estilo de oratória com o verdadeiro sentido que ela tem, como uma técnica de comunicação pelo uso da palavra falada. A oratória deve ser praticada de forma clara, acessível e simples, que varia de acordo com o ambiente, o público e a situação.

A boa comunicação não se baseia somente no que uma pessoa diz, mas, sobretudo em o que os outros entendem. Este foi o verdadeiro sentido de toda a boa comunicação, em todos os tempos, desde os clássicos até os dias de hoje. O objetivo da oratória é a boa comunicação, e não como alguns pensam a sofisticação através da eloqüência com uma linguagem pomposa que mesmo causando admiração, não tem efeito como boa comunicação.

A primeira regra na arte do falar bem é pensar antes de falar. Pensar bem e chegar a uma mensagem clara do que se deseja comunicar.

A segunda regra é a propriedade e adequação. Você vai falar para um público determinado, num momento específico, num espaço com características próprias, com uma audiência que pode ser grande, média ou pequena, constituindo, este conjunto de fatores, um clima que pode ser de curiosidade e interesse por sua fala, ou de confraternização, sociabilidade e conversação entre os participantes.

Podemos definir propriedade e adequação como o ato de adaptar sua fala para um determinado público e não para um público abstrato que só existe na sua cabeça ou no seu desejo.

É importante no processo de comunicação, conseguir a atenção dos ouvintes, ou seja, cria interesse neles pelo que você tem a dizer. Em seguida deve-se dimensionar a fala quanto ao tempo que estarão disponíveis a ouvir. Além, do ajustamento da linguagem ao entendimento do público. Por fim, decidir, levando em conta a função do público, o estado psicológico em que se encontra, e em função do tema que constitui sua mensagem, a forma de emissão da fala: emocional ou racional, eloqüente ou não; o ritmo e a intensidade da voz a ser aplicada. O discurso pronto, seja na cabeça ou no papel, deve se ajustar à situação.

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