Bloqueios, barreiras, tensão, nervosismo vão sempre existir, seja para quem é iniciante ou para quem já tem experiência em falar em público. Não há como melhorar se não tivermos conhecimento destas barreiras.
Nosso maior adversário no processo de comunicação em público, somos nós mesmos. Comece por uma auto-avaliação. Quais são seus principais medos? Quais os motivos desses medos? O que fazer para eliminar? Quais os pontos positivos que possui e que podem ser explorados? O que você sente quando está diante de um público, uma câmera ou microfone? Que conhecimentos você deve explorar mais?
E quem disse que uma pessoa tímida e inibida não pode ser um bom orador? Timidez não tem nada a ver com falta de conhecimento. Se houve preparo quanto ao que se pretende expor, você já eliminou um obstáculo. Quando uma pessoa tímida é colocada em uma situação de exposição sobre algo, sua pulsação e seus nervos vibram quando supera o bloqueio e encontra o equilíbrio.
A arte de falar bem em público, para alguns, é considerada um dom. Entretanto, muitos que não possuem qualquer favorecimento da natureza, conseguem ultrapassar as barreiras e tornam-se excelentes oradores.
Não podemos esquecer que grandes líderes da humanidade foram grandes comunicadores. Jesus Cristo, o maior deles, através de suas ações e discursos arrebatou seguidores, manteve e mantém sua mensagem viva mesmo depois de dois mil anos. Mesmo utilizando-se do uso de suas habilidades para causar o sofrimento de muita gente, Adolf Hitler pela habilidade com usava o jogo de palavras, conquistou e convenceu multidões a segui-lo. Podemos ainda citar: Getúlio Vargas, Jânio Quadros, Fernando Collor de Mello e Gaspar Silveira considerado “o tribuno do Império”. São exemplos de homens que ocuparam cargos importantes e se destacaram pela capacidade de conquistar platéias. Mesmo com os modernos meios de comunicação, a oratória é um instrumento de extraordinária importância no processo de comunicação.
O medo de falar em público pode ser ocasionado por diversos fatores:
• Barreiras verbais e não-verbais;
• Ausência de conhecimento sobre determinados assuntos;
• Falta de habilidade e atitudes comportamentais;
• Medo de se expor ao ridículo;
• Auto-imagem negativa;
• Autocrítica e perfeccionismo em excesso;
• Experiências frustrantes;
• Não ter o hábito de falar publicamente.
Há casos em que a pessoa domina um determinado assunto e, no entanto, no momento de se expor, o corpo treme, o coração acelera, as mãos ficam geladas, dá vontade de correr. Algumas reações psicossomáticas se manifestam como dores de cabeça, incômodos intestinais, etc. Estas sensações são perfeitamente normais para quem não domina a arte de falar em público. Isto se dá pelo fato de todas as atenções estarem direcionadas para ela e pelo fato de estar sendo avaliada.
Identifique as principais barreiras e pontos fracos inibidores de falar em público como medo, vergonha, inibição, nervosismo, tensão, etc. A única forma de vencê-los é ter consciência e predisposição em enfrentá-los.
Diante de uma oportunidade para expor suas idéias sobre algo, seja em sala de aula, reuniões de negócios, encontros com amigos ou familiares, tente esquecer o medo e aproveite a situação como um desafio. É lógico que estes passos não são suficientes para tornar alguém um orador. A arte de falar em público envolve o desenvolvimento ou aperfeiçoamento de um conjunto de atitudes e comportamentos. Além dos instrumentos de preparação, alguns outros fazem parte do processo. Prepare-se o máximo possível, tanto emocionalmente quanto em termos de conhecimento.
Para vencer o medo:
• Use a respiração como instrumento para o relaxamento;
• Por mais simples que seja o assunto, escreva o que deseja falar organizando em tópicos: introdução, desenvolvimento e conclusão.
• Divida o tempo em 15% para a introdução, 75% para o desenvolvimento e 10% para a conclusão;
• Inicie seu treinamento diante de um espelho;
• Escolha alguém do seu círculo de amizades e faça uma apresentação breve sobre um assunto que domina;
• Avalie de forma crítica como você se saiu, os pontos positivos e negativos (gestos, erros gramaticais, vícios de linguagem, etc.);
• Se tiver bastante coragem, peça também para o amigo (ou amigos) que assistiu à sua apresentação avaliar esses mesmos aspectos (gestos, erros gramaticais, vícios de linguagem, etc)
• Anote os erros e refaça tudo novamente... Errar faz parte do treinamento e do aperfeiçoamento;
• Enquanto ouvinte observe o comportamento e a reação dos outros ouvintes, diante do que está sendo falado;
• Observe e anote os pontos positivos e os erros do orador;
• Ao se apresentar, evite pensar em erros que possivelmente nem acontecerão e, se acontecerem, use-os como degrau para seu crescimento;
• Concentre-se no momento presente, no assunto, no ambiente e nas pessoas;
• Prepare-se com antecedência sobre o que vai falar;
• Sempre pense antes de falar;
• Acredite no que vai falar, isto ajuda a gerar confiança no público;
• Antes de uma apresentação, respire fundo, relaxe e acredite: você está preparado!
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